Dia 26/12 ás 13:36h, eu voltando daquele restaurante por quilo cujo dono é metido à besta, aliás ele é uma verdadeira besta mesmo. Sujeito que faz questão de passar o mal humor dele para o cliente mesmo sendo o dono. Afinal, é nossa obrigação comer no sítio dele, sim? Infelizmente, nesses dias não havia muitas opções. Enfim, comida tragada!
Curiosamente dia 26/12 é o dia pós... posterior, pos..., "pos" conseguinte..., pos..., (póstumo?) dia de Natal. Noite de Natal, aquela que a gente arruma a mesa com os pratos rasos e tua mãe abre o armário e pega um prato fundo pra o teu tio que chega atrasado para jantar, aliás foi chamado por telefone para subir a rua pois a comida já estava na mesa.
Essa coisa de Natal... Este jantar é cada vez mais requerido agora, já que segue sendo elegante manter as aparências e os enquadramentos sociais, isto não muda nunca.
Não existe um amadurecimento coletivo? A noite considerada como noite de Natal deveria ser apenas mais uma noite entre tantas outras, a lenda de que Cristo nasceu no dia 25/12 é uma data estipulada pelo Cristianismo e pelo 'Comercialismo', sim? Romper com 'laços' assim é desfrutar a liberdade. A liberdade de poder ficar em sua própria casa fazendo o que quiser, sem manter nenhum tipo de aparência. O que existe coletivamente é um enfado sobre a noite de Natal relativo a tolerância de pessoas.
Mas retomando a volta do almoço do dia 26/12, eis que vinha pela calçada da rua onde moro, caminhando calmamente e eis que no cruzamento em frente ao supermercado o semáforo estava vermelho para mim e vermelho para os carros. Eu me retardei um pouco para atravessar e fiquei olhando para os lados, embora já conhecesse de trás pra frente e salteado aquele cruzamento. Mas eu quis me certificar de que o carro que queria entrar iria de fato entrar, afinal, estou no terceiro mundo. Era um carro branco se aproximava e um casal de uns 60 anos dentro, eis que a desestabilização total da minha caminhada calma vinda deste senhor motorista: um buzinaço fenomenal deste singelo casal sexagenário.
Ora bolas que susto!!! Que susto e que raiva, pois aposto como o singelo casal sexagenário estava voltando da noite de Natal, sim?! Quanta hipocrisia!
Feliz Natal!
Feliz dia!
De folia e heresia!
HIPOCRISIA!
E dedo do meio!
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