domingo, 31 de dezembro de 2017

Feliz Natal!

Dia 26/12 ás 13:36h, eu voltando daquele restaurante por quilo cujo dono é metido à besta, aliás ele é uma verdadeira besta mesmo. Sujeito que faz questão de passar o mal humor dele para o cliente mesmo sendo o dono. Afinal, é nossa obrigação comer no sítio dele, sim? Infelizmente, nesses dias não havia muitas opções. Enfim, comida tragada!

Curiosamente dia 26/12 é o dia pós... posterior, pos...,  "pos" conseguinte..., pos..., (póstumo?) dia de Natal. Noite de Natal, aquela que a gente arruma a mesa com os pratos rasos e tua mãe abre o armário e pega um prato fundo pra o teu tio que chega atrasado para jantar, aliás foi chamado por telefone para subir a rua pois a comida já estava na mesa. 

Essa coisa de Natal... Este jantar é cada vez mais requerido agora, já que segue sendo elegante manter as aparências e os enquadramentos sociais, isto não muda nunca. 

Não existe um amadurecimento coletivo? A noite considerada como noite de Natal deveria ser apenas mais uma noite entre tantas outras, a lenda de que Cristo nasceu no dia 25/12 é uma data estipulada pelo Cristianismo e pelo 'Comercialismo', sim? Romper com 'laços' assim é desfrutar a liberdade. A liberdade de poder ficar em sua própria casa fazendo o que quiser, sem manter nenhum tipo de aparência. O que existe coletivamente é um enfado sobre a noite de Natal relativo a tolerância de pessoas.

Mas retomando a volta do almoço do dia 26/12, eis que vinha pela calçada da rua onde moro, caminhando calmamente e eis que no cruzamento em frente ao supermercado o semáforo estava vermelho para mim e vermelho para os carros. Eu me retardei um pouco para atravessar e fiquei olhando para os lados, embora já conhecesse de trás pra frente e salteado aquele cruzamento. Mas eu quis me certificar de que o carro que queria entrar iria de fato entrar, afinal, estou no terceiro mundo. Era um carro branco se aproximava e um casal de uns 60 anos dentro, eis que a desestabilização total da minha caminhada calma vinda deste senhor motorista: um buzinaço fenomenal deste singelo casal sexagenário.

Ora bolas que susto!!! Que susto e que raiva, pois aposto como o singelo casal sexagenário estava voltando da noite de Natal, sim?! Quanta hipocrisia!

Feliz Natal!
Feliz dia!
De folia e heresia!
HIPOCRISIA!
E dedo do meio!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Buceta de Brilhantes

Que buceta meu Deus
Buceta,
Bucetinha,
Bucetão
Como será essa buceta endeusada
Falada
Famosa
Propagandeada
Alardeada
e atrasada

Pra mim qualquer buceta é uma mera buceta
Sim, só mais uma
Aliás, Óh menininha,
Purinha
Estrelinha
Blá, blá, blinha...
Não hesitou em dá-la ao menor sintoma de tesão
Como todo ser reduzido ao humano
Fez bem feito
Desnecessário somar mais um à hipocrisia

O tesão humano é o mesmo
Ele não escolhe buceta
Ele realiza seu movimento
Os corpos funcionan ao bel prazer dos hormônios
E não do belzebu dos dogmas
Que faz distinção entre bucetas
Mas que ao final estão todas enquadradas nas quatro causas aristotélicas
De forma, formato
Material, o humano, o de sempre
Eficiência, na contemporaneidade, depende
E a finalidade, também a mesma, de sempre, sem novidades
Ou remissões

domingo, 3 de dezembro de 2017

Ego menstruado

Ego derramado e que se derrama em sangue, dias a fio
Ferido, tão ferido e dolorido
É essa enxurrada que jorra de dentre de mim e em mim
Tão forte e tão encarnada e esvaindo os veios de vida que ainda hão em mim

É tanta vida, tanta, tanta
E ela assim devastada ensopadamente em sangue
O sangue vivo da vida
Dos hormônios
Homônimos, heterônimos
Desses que se esvaem e fervilham minha mente até eu morrer de amores
De cores e dores

Afinal, qual a diferença de amores e dores?
São antíteses quânticas
Quanto mais dói, mas amo
Quanto mais dói, mas me enterneço na dor
Esta dor que sangra e muito
Que jorra

E onde a esperança, o pior dos sentimentos
Se reitera
Te penera
Mostra seus dentes mais duros
Maiores
De ouro e couro e duros
Cafuné duro
Que dói
Faz doer, faz morrer
Sangrar
Berrar
Desesperar
Ah, meu Deu como arde!

Ego ardiloso
Maldoso
Castrador
Amador
Tecedor de laços em minhas entranhas mais íntimas
ínfimas
Vivas
Férteis
Válidas a pedradas